Parte I
Trabalho numa pizzaria que faz entregas ao domicílio 24
horas por dias, como entregador. O meu namorado também trabalha lá, mas
normalmente fica na caixa, só de vez em quando é que faz entregas. Temos uma
relação bastante liberal e aberta, sempre que surgem oportunidades por fora,
estamos à vontade... E assim foi naquele dia! Era sexta-feira, 22h30, o turno
estava mesmo a acabar (saímos ambos às 23h). Estava a chover imenso lá fora e
queríamos mesmo era que não houvesse mais nenhuma encomenda. Não fodíamos há
quatro dias e a tesão era enorme. Ainda por cima ele tinha comprado uns
acessórios novos na sexshop ao pé da nossa casa... aquele dildo parecia
irresístivel. 22h37. Àquela hora só
estava lá eu, ele e mais dois colegas - o Miguel e o Fernando que trabalham na
cozinha. O telefone tocou.
- Oh foda-se, estamos feitos - disse o meu namorado.
- Que caralho, o Miguel já estava a arrumar a cozinha -
disse o Fernando - E o cabrão do teu namorado - disse-me olhando para ele - tem
estado o dia todo excitado.
Olhei para o Fernando
- Sim,caralho, escusas de estar a fazer essa cara. Lá por
serem gays não quer dizer que nao possamos falar destas merdas. Não me vais
comer, certo? - disse-me o Fernando, enquanto levantava a camisola e punha um
dedo no mamilo - Se bem que este corpinho é bem apetecível.. não é? - disse,
levando o dedo à boca e chupando-o.
Rimo-nos os dois. O pedido acabou e o meu namorado disse-nos
o que era preciso.
- Duas pizzas médias, uma extra queijo e a outra caprichosa.
- Esse conas é que vai ter que caprichar bem por nos ter ligado
a esta hora - respondeu o Fernando.
- Não te preocupes Nandinho, faz lá essa merda rápido.
- Mas ainda há tempo, amor? - perguntei.
- Sim, a morada é esta. Fica a 5 minutos daqui. E olha que
vais gostar de entregar...
Eram 22h52 quando as pizzas ficaram prontas. Saí e o meu
namorado não me quis revelar mais nada. Parti de mota e lá fora ainda chovia.
Estava transpirado por estar na cozinha, estava apenas com uma t-shirt justa
(tenho peitorais bem definidos) e umas calças de ganga também bem agarradas ao
corpo. Vesti apenas um impermeável e meti-me na mota. Eram 22h58 quando cheguei
em frente ao prédio. Toquei à campainha.
- Boa noite, quem é? - perguntou uma voz do outro lado
- Sou o rapaz das pizzas - respondi.
- Estás sozinho?
- Estou, sim... Porquê?
- Por nada... entra.
Estranhei aquela conversa. Ainda por cima houve uma pausa. O
meu estranhamento foi ainda maior quando percebi que o intercomunicador tinha
uma câmara e que ele me estava a a ver. Subi e fui ter ao 1º andar, a porta
estava aberta.
- Posso entrar? - perguntei.
- Sim, entra. Estamos aqui ao fundo, na sala - disse-me
aquela voz familiar ao fundo do corredor.
Percorri o corredor e cheguei finalmente à sala. Quando
entrei lá dentro não estava bem a acreditar no que via. Um rapaz em tronco nu,
só de boxers, a beber uma cerveja e a ver televisão. O outro com uma t-shirt e
em boxers justinhos, a olhar para mim. Eram o Pedro Carvalho e o Duarte Gomes.
- Desculpa tanto mistério. Mas queríamos ter a certeza que
estavas sozinho - disse-me o Pedro, o rapaz de t-shirt.
- Não faz mal... Aqui tem a sua... pizza - disse-lhe,
olhando para o volume dos boxers.
- Obrigado, quanto é?
- Não é nada - disse, completamente aparvalhado - quer
dizer, desculpe... são 18,90€.
O Pedro pegou numa nota de 20€ que estava na mesa e deu-me.
Enquanto isso, pensava no que o meu namorado me tinha dito. "E olha que
vais gostar de entregar...". Agora percebia...
- Toma, fica com o troco.
- Obrigado - disse-lhe.
- Não te queres secar? Estás completamente encharcado. Tira
esse casaco... Temos ali um aquecedor
- Oh, agradeço, mas não vale a pena, eu entretanto...
Enquanto acabava a frase, à porta da sala, alguém me pediu
licença para passar.
- Desculpa, não sabia que tínhamos companhia - disse a voz.
Quando olhei para trás e vi que quem ali estava, apenas
enrolado numa toalha e completamente molhado. O corpo era perfeito, sem um
único pelo. Olhou-me nos olhos, depois para o meu pau. Logo a seguir olhou para
o Pedro, como perguntando quem eu era. Como o Pedro sorriu com um ar de
aprovação, ele continuou. Foi-se sentar ao pé do Duarte. Abriu as pernas, tirou
a toalha e ficou todo nu à nossa frente. Era o Isaac Alfaiate. Agora é que a
festa ia começar.
(CONTINUA…)
Digo-vos sinceramente: mais valia publicarem logo o conto todo do que dividir em partes. Podiam até por a rúbrica só 2 vezes por mês, mas era melhor do que dividirem em partes.
ResponderEliminarQuando vamos a ler a segunda parte já nem nos lembramos da primeira e perdemos o tesão...
Desde já, parabéns ao blog, acompanho diariamente e adoro!
Agradecemos a sugestão e vamos procurar melhorar de forma a agradar os leitores.
ResponderEliminarObrigado